A angústia é menor quando se busca ajuda

As dores do corpo, muitas vezes, são possíveis de se localizar, apontando-as diretamente, ou usando recursos que podem indicar com precisão o ponto de sua origem.
E se essa dor não tem um lugar, não vem do corpo, mas da alma?
Quando é uma culpa que persegue, o temor de uma liberdade que não tem horizonte ou contornos, uma existência que sufoca e parece estreitar cada vez mais seu caminho.

Essas formas de dor não têm necessariamente um mapa no corpo, mas trazem seu peso, por vezes intenso. Assim é contexto da angústia. Um sofrimento que só faz aumentar à medida em que a  pessoa se sente só.
As dores da existência, como a angústia, podem se tornar menos intensas e mais suportáveis quando a pessoa se dispõe a procurar a ajuda de que necessita, percebendo que esse fardo pode se tornar muito mais leve.

Ao longo do trabalho terapêutico você tem a oportunidade de confrontar o que te faz sofrer, se conhecendo, se fortalecendo, podendo encontrar um modo mais leve de estar na vida.

A psicoterapia nos ajuda a enfrentar perdas

(Reprodução)

As perdas fazem parte da vida de todos nós. Entretanto, as perdas exigem de nós um trabalho de elaboração, demandando crescimento e integração de experiências.

Quando nascemos, perdemos o calor e o conforto do útero materno, mas descobrimos a vida e a amplitude de possibilidades que há no mundo. O início da vida escolar pontua o ingresso na dinâmica das interações sociais  e escolares, encontro com outras culturas e exigências sociais até então desconhecidas.

O término de um casamento pode ser extremamente desgastante e doloroso, a ponto de muitas pessoas se recusarem a firmar outros vínculos e maldizerem a vida a dois. Não raro, o fim de uma relação é justamente o ponto de partida para o crescimento e a renovação do indivíduo.

Tristeza, abandono, solidão, decepções, desamor, muitas são as decorrências do processo de perda.

O sofrimento emocional decorrente do luto é parte de um trabalho em que a pessoa é exigida para que mude, enfrentando de modo criativo a ausência surgida com essa perda, reelaborando um papel vivido e redesenhando uma experiência, por vezes extremamente dolorosa, mas que necessita de um processo de elaboração, de compreensão e de integração para  melhor saúde emocional.

Como aponta Fukumitsu (2019), “A vida humana pode acontecer pontuada por experiências de diferentes tipos de morte, que não só anunciam o final de nossa existência como também afetam o modo como interpretamos o fenômeno morrer.”
Nem sempre o contexto é do luto pela morte de alguém, mas pelas várias experiências de ‘morte’, o fim de uma condição de vida,  um vínculo extinto,  uma posição de trabalho que deixou de existir.

As perdas podem decorrer de processos necessários e naturais, como o crescimento e a saída do berço materno, ou vir de contextos mais complexos do mundo contemporâneo, como o rompimento de relacionamentos ou o desemprego.

Frente às perdas, o psicólogo oferece à pessoa o ambiente de acolhimento em que pode se expressar e enfrentar com segurança o sofrimento.

Quando a pessoa assume o compromisso com a terapia e trabalha seus conteúdos com um profissional qualificado, uma dor intensa como a da perda passa a dar lugar a outras dimensões de sua vida, direcionando seus recursos e energia para escolhas saudáveis e edificantes.

A terapia poderá ajudar, oferecendo apoio e ambiente de escuta sem o peso de julgamentos, dando condições para você se expressar com a necessária liberdade e a amplitude da dor gerada com a perda.

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